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terça-feira, 19 de agosto de 2014

2. A Decisão de Frederica.

Quando o galo Napoleão despertou pela primeira vez, o frio da madrugada se espalhava por todo o galinheiro.Uma fina névoa envolvia o terreiro e deixava o ar úmido. Napoleão cantou bem alto e forte: Cocoricó. Frederica acordou como sempre,assustada com o forte canto do galo.
Napoleão olhou em volta, viu que o poleiro estava em perfeita ordem e dormiu novamente. Mas, assim que ele dormiu, Frederica, que após pensar muito decidiu fugir do galinheiro, pegou sua bolsa e seu chapéu de viagem e pulou para o terreiro. Fez tudo muito silenciosamente para não acordar ninguém. Porém, quando começou a atravessar o terreiro ouviu um chamado:
- Frederica! Frederica! Onde você vai?
Frederica olhou para trás e viu sua amiga Cocota correndo em sua direção. 
- Oi Cocota, eu decidi ir embora.
- E você ia embora sem se despedir? Perguntou Cocota magoada.
- Se eu me despedisse acabaria por desistir, confessou Frederica.
- Mas você não pode sair assim sozinha neste mundo tão grande. E se algo de ruim acontecer, quem irá cuidar de você?  
- Não se preocupe Cocota. Nada de ruim vai acontecer. E se eu não achar um bom lugar, prometo que voltarei. 
- Não acredito. Sei que você vai nos abandonar, falou Cocota com lágrimas nos olhos.
- Acredite em mim Cocota. Eu prometo não abandonar vocês. Quando eu encontrar um bom lugar para morar, voltarei para buscar você, certo?
 Cocota disse que tudo estava bem, mas no fundo ela não acreditava que Frederica voltaria. Aliás, ela tampouco acreditava que a amiga fosse encontrar um lugar melhor que o galinheiro para morar. Temendo pelo destino da amiga e chorando muito, Cocota deu adeus a Frederica e voltou correndo para o poleiro.
Frederica também estava se sentindo triste. Ela não queria abandonar seus amigos, mas como havia decidido partir, iria em frente. Então, enxugou as lágrimas de seus pequenos olhos e atravessou o terreiro bem devagar. Foi até o portão. Lá esgueirou-se por baixo e alcançou a rua. Finalmente livre pensou a pequena galinha. Então ela exclamou: 
- Mundo prepare-se para ser conquistado pela única e fabulosa Frederica.
E assim, confiante na sua boa sorte, Frederica iniciou sua jornada rumo ao desconhecido.
Já na rua, Frederica apressou o passo até que o galinheiro ficou lá longe. Como era a primeira vez que Frederica saia do galinheiro, tudo para ela era uma grande aventura. Andando devagar ela  ia observando tudo a sua volta. As árvores nas calçadas, os carros que passavam com alta velocidade pela rua. Tantas pessoas e tantos barulhos que Frederica nunca antes havia ouvido era muito assustador. Frederica esticava o pescoço tentando ver o máximo de tudo. Mas ao longo da calçada por onde ela estava andando existiam muros que cobriam a sua visão. 
manhã foi passando e quanto mais Frederica andava, encontrava ruas cada vez  mais movimentadas. As construções também ficavam maiores e mais próximas umas das outras. Tanto movimento de pessoas e carros estava deixando assustada a pequena galinha. Sentindo-se muito só, Frederica corria pela calçada evitando bater nas pernas das pessoas. E, quando alguém a percebia, corria com medo gritando: - Cuidado, bicho a solta!
Frederica não podia imaginar que pudesse assustar as pessoas, pois, as pessoas eram enormes e ela apenas uma pequena galinha.  Esta era uma situação curiosa e engraçada. E por momentos Frederica se divertiu com a ideia de poder causar medo nas pessoas. Pensando nisto, Frederica quase esqueceu a sua maior preocupação, achar um lugar bom e seguro para morar.
Quando a manhã já ia pela metade e o calor do sol já esquentava o cimento das calçadas, Frederica começou a se perguntar se realmente iria encontrar um bom lugar para morar. Será que seus amigos tinham razão? Talvez fosse melhor ter ficado no galinheiro. Lá ao menos ela estava segura e podia contar com o carinho de seus amigos. 
Enquanto pensava em seu antigo galinheiro, Frederica avistou um muro muito alto, pintado de branco que chamou a sua atenção. Por cima do muro Frederica podia ver galhos de árvores, e no canto um buraco por onde ela sem dúvida poderia passar. Frederica então decidiu investigar. Aproximou bem devagar do buraco e tentou olhar para dentro. Estava muito escuro e Frederica não conseguiu ver nada. Com receio ela aproximou-se um pouco mais do buraco e parou bem em frente. 
Então, Frederica começou a pensar sobre o que poderia haver do outro lado deste muro. Podia ser um lindo jardim ou quintal, ou então um lugar onde moravam bichos maus, daqueles que não gostam de galinhas. Ao pensar nisso as penas de Frederica arrepiaram-se e  ela temeu ficar nervosa. Ela sabia que não podia de jeito nenhum ficar nervosa. Se ficasse nervosa um grande acidente poderia acontecer. Este era o seu grande segredo. 
Então,  respirando fundo para manter a calma, Frederica ergueu a cabeça e decidida, tomou coragem e entrou no buraco sem saber o que a esperava do outro lado.
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O que será que Frederica encontrou do outro lado do muro? Será que ela encontrou um bom lugar para morar, ou acabou num lugar feio e perigoso?  Eu estou torcendo para que a Frederica esteja em segurança, e você?
Se quiser deixar um recado para a Frederica ou para a Cocota que está muito triste, você pode deixar um recado aqui no blog ou então no e-mail: magdastarkelee@gmail.com
Até a próxima semana com mais aventuras da Frederica, e não se esqueça: Leia+

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DICA CULTURAL

No dia 22 de agosto começa a 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Eu estarei lá no dia 23, no stand das editoras UniDuni e Galpão. Endereço: Travessa Literária, Stand G 740 A. 
Eu e o "João, o Rei do Futebol" esperamos você lá. Participe.

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