8.          O Sonho de Frederica

Alguns dias depois da grande confusão no quintal, a vida retornou a seu ritmo normal. Os bichinhos já não tinham mais medo de Dona Clotilda. Claro que quando ela vinha tomar sol eles a observavam quietinhos, e respeitavam aquele momento de tranqüilidade, em que ela queria ficar sozinha.   Por outro lado, todos perceberam que Dona Clotilda havia mudado mesmo. Ela tinha esquecido aquela bobagem de ser inimiga dos animais. Agora ela gostava de ouvir o canto dos pássaros e estava até pensando em ter um gatinho. Assim, trazer água e comidinhas para os bichinhos, tornou-se um hábito para ela. Para agradecê-la, Frederica todo o dia botava alguns ovos bem fresquinhos para que Dona Clotilda fizesse deliciosas omeletes para jantar.

Assim a vida estava bem tranquila no quintal. E quando a primavera chegou, muitas flores novas surgiram deixando o quintal ainda mais belo e perfumado.

Frederica estava se sentindo muito feliz. Não tinha mais preocupações com Dona Clotilda, e tampouco com os seus amigos. Todos estavam muito bem. E, a cada dia que passava, ela e Alfredo se tornavam cada vez mais amigos.Frederica gostava muito de conversar com ele. Ele sempre tinha algo bom para falar e também era muito divertido. Neste clima de tranqüilidade, Frederica havia esquecido de entrar em contato com seus antigos amigos.
Uma noite,  depois de conversar com Alfredo e e 

com Chico, Frederica foi dormir. Durante o sono, teve um sonho assustador. No sonho, ela estava em seu antigo galinheiro. Estava tudo muito escuro. Frederica mal podia ver o que estava a sua frente. Então no meio de toda aquela escuridão, ela pode ouvir Cocota chorando muito. E entre soluços, ela ouviu Cocota pedindo ajuda.

Na manhã seguinte, Frederica acordou sentindo-se angustiada. O sonho que havia tido fora horrível. Preocupada com seus amigos do galinheiro, Frederica chamou Alfredo e relatou todo o seu sonho.Disse a Alfredo que temia que seus amigos pudessem estar em perigo. Chico, que estava perto e tudo ouviu, perguntou:

- Mas que tipo de perigo poderia haver no galinheiro?

- Não sei, Chico. Mas fiquei com a impressão de que alguma coisa ruim esta acontecendo no galinheiro.

Ratito, intrometido como sempre também opinou:

- Por que você não manda uma carta para a sua amiga Cocota e pergunta se está tudo bem?

- Isso mesmo Frederica! Lembra que antes da confusão aqui no nosso quintal você pensou em mandar uma carta para a Cocota? Lembrou Alfredo.

- Sim lembro-me! Vou escrever uma carta para a Cocota, falou Frederica.

- Se precisar de ajuda, ofereceu Alfredo, pode me pedir.

- Obrigada Alfredo, mas pensando bem esta não é uma boa ideia.

- Por quê?

- Como eu vou mandar a carta?

- Verdade Frederica. Isso será um problema.

- Eu tenho a solução, falou Chico.

- Eu sei que você voa muito bem Chico, falou Frederica. Mas a questão é a seguinte: eu não lembro como chegar ao galinheiro. Esqueci o caminho.

- Mas isto também não é problema, falou novamente Chico.

- Como assim? Perguntou Alfredo. – É claro que isto é um problema. Se você não tiver o endereço do quintal, não vai conseguir localizá-lo.

- É aí que entra o meu primo  Poco, o poderoso pombo correio. E se tem alguém que pode localizar qualquer endereço em qualquer lugar, este alguém é ele.

- Uau!! Então o que você está esperando? Chame logo seu primo, falou animada a Frederica.

- Certo vou agora mesmo até a casa dele. Esperem-me aqui.

E imediatamente Chico levantou voo em direção a casa de Poco, o pombo correio.

Este é o oitavo capítulo das aventuras da Frederica. A todos vocês que tem acompanhado as aventuras de nossa heroína e de seus amigos quero agradecer: Muito Obrigada!!! Aos internautas dos EUA, Thank you so much! Enjoy your visit. Irish welcome, and Wilkommen Deutschen.

O retorno de vocês é certamente a motivação para os novos capítulos. A todos nossos agradecimentos.

E não percam na próxima semana mais um inédito e emocionante capítulo das aventuras da nossa querida Frederica. Até lá e Leia+

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7.          A Decisão de Dona Clotilda.

Quando Frederica caiu dura no chão, aos pés da Dona Clotilda, aumentou ainda mais a confusão que já reinava no quintal. Os bichinhos muito agitados, não sabiam o que fazer. Começaram a correr de um lado para outro, tentando proteger e ajudar Frederica. Preocupados, eles não sabiam o que estava acontecendo com sua amiga. Então, Ratito que a tudo havia assistido gritou, enquanto corria de um lado para outro com a formiga nas costas:

- Corre Alfredo que a Frederica desmaiou. O pardal Chico que acabara de chegar no quintal, voava por cima da cabeça de D. Clotilda. Alfredo e a borboleta correram para perto da galinha. Quando perceberam que ela estava imóvel foi àquela choradeira. Os bichinhos temiam que algo ruim acontecesse com a querida Frederica. Então, eles se reuniram ao redor da pequena galinha, tentando acordá-la.

Ao ver a pequena galinha desmaiada no chão e todos os bichinhos a sua volta tentando ajudar, D. Clotilda ficou muito emocionada. Esqueceu toda a fúria que estava sentindo, ao ver como os bichinhos estavam preocupados. Eles estavam demonstrando muito amor pela pequena galinha, pensou ela. Era de fato uma cena tocante.

Então, alguma coisa bem lá no fundo de seu coração aconteceu. Um pequeno tremor começou a incomodar e a fez chorar de emoção. Pois, aquela pequena galinha ali desmaiada era muito, mas muito triste de se ver.

Dona Clotilda se rendeu a emoção e chorou pela pobre galinha desmaiada. E, sentindo muita dó de Frederica, Dona Clotilda começou a repensar sua aversão pelos animais. Afinal, eles moravam ali no quintal mas nunca haviam dado trabalho. Também não estragavam nada, ao contrário, cuidavam bem do quintal. Assim, pensou ela, poderia deixar que a galinha e seus amigos bichinhos continuassem morando ali. Pois, o quintal era bem grande, e os bichinhos nunca a tinham incomodado.

Enquanto Dona Clotilda refletia, Frederica recobrou os sentidos. Ao ver Dona Clotilda de cócoras ao seu lado, levou um tremendo susto e por pouco não desmaiou novamente.  Porém Dona Clotilda passou bem de leve a mão na cabeça de Frederica e percebeu com surpresa que suas penas eram bem macias e tinham um lindo tom dourado. Era tudo que Dona Clotilda precisava para ser conquistada.

Então, ela olhou para os bichinhos, sorriu e falou:

– Tudo bem pessoal! Podem continuar morando no meu quintal, porém continuem discretos. E agora, depois de toda esta confusão vou buscar água e comidinha para esta pobre galinha. E lá foi ela, deixando os animais surpresos com tanta gentileza.

Então, Alfredo chegou perto de Frederica e comentou:

- Muito obrigado Frederica. Graças a você podemos ficar morando neste lindo quintal sem medo. Os outros bichinhos quando ouviram Alfredo, também agradeceram a Frederica, que ficou muito emocionada e feliz. Agora ela podia ficar sem medo na companhia de seus novos amigos.

***   ***   ***   ***

E agora tudo ficou muito bem para Frederica e seus amigos. Será que a aventura acabou?

Não percam na próxima semana. Você vai saber das novidades do quintal da Dona Clotilda.

 Até lá e Leia+

6. Enfrentando a Dona Clotilda.

Enquanto jantava a deliciosa omelete, Dona Clotilda continuava pensando sobre tudo o que havia acontecido.Este havia sido de fato um dia muito estranho, pensava ela. E, entre todas as coisas estranhas que tinham acontecido, encontrar ovos de galinha no quintal tinha sido sem dúvida a mais estranha de todas.

Depois de muito pensar, Dona Clotilda teve que admitir que a única explicação possível para aqueles ovos, era que deveria haver uma galinha em seu quintal. Esta era sem dúvida a única explicação lógica para a existência dos deliciosos ovos. Então, ela ficou furiosa! Sentiu que estava sendo enganada por uma galinha. Armou-se com uma vassoura, pegou uma lanterna e partiu para o quintal na escuridão da noite. Lá chegando, para seu espanto encontrou uma galinha chorando ao lado dos ovos.

Chocada com a cena, Dona Clotilda percebeu que a tal galinha usava um chapéu e carregava uma bolsa. Mas o pior de tudo, e o que deixou Dona Clotilda ainda mais furiosa, foi que além da galinha, existiam outros animais no seu belo quintal. Pois, além da galinha chorona, Dona Clotilda avistou passarinhos, uma borboleta, um rato, e até um cachorrinho que tentavam consolar a galinha. Esta porém, chorava mais e mais, enquanto  D. Clotilda estava ficando roxa de raiva.

- Como e com ordem de quem, aqueles animais atrevidos entravam em seu lindo quintal? Quem eles pensavam ser? Perguntava-se Dona Clotilda.

Decidida a expulsar todos para bem longe ela parou em frente à Frederica.

- Você galinha! Será a primeira a ser expulsa do meu quintal, gritou Dona Clotilda.

A pobre galinha, tremia igual a uma gelatina e também gritava:

– Ai Meu Deus, desta vez eu não escapo. Meus amigos fujam, eu enfrentarei  a fera sozinha. 

Ratito estava tão assustado que ficou paralisado de medo. Bela voava em círculos sem saber o que fazer, enquanto Alfredo tentava acalmar os amigos. Então Chico, o pardal voou para o alto da goiabeira, pensando em derrubar uma grande goiaba amarela na cabeça da Dona Clotilda. Até a lagarta que havia caído em cima da Frederica, tratou de se esconder num buraquinho que havia no tronco da goiabeira.

Em meio a esta confusão, e esbravejando igual a um trovão, Dona Clotilda levantou a vassoura em direção a Frederica e gritou:

- Fora do meu lindo quintal galinha! E os outros, bichinhos imundos, vão embora daqui também! Procurem outro lugar para morar. Não quero nenhum animal aqui. Xô! Vão embora!

Assustados com a situação e com os gritos da Dona Clotilda, os bichinhos não sabiam o que fazer. Ficaram paralisados de medo olhando para Dona Clotilda e para Frederica. Porém, a pobre galinha estava no mais completo pânico, e quando Dona Clotilda levantou a vassoura em sua direção, ela não resistiu de tanto pavor e caiu dura bem ali, aos pés de Dona Clotilda.

***   ***   ***

Mas o que será que aconteceu com a Frederica? Será que ela escapa desta? E seus amigos?  O que eles vão fazer diante das ameaças de Dona Clotilda?

Não perca na próxima semana mais um imperdível e emocionante capítulo das Aventuras da Frederica. Até lá e Leia+.

5. A Boa Vida no Quintal da Dona Clotilda

Já fazia mais de um mês que Frederica estava morando no quintal da da Dona Clotilda. Os dias foram passando e Frederica acabou se acostumando coma nova casa e com os novos amigos.

Vez por outra, acontecia de Frederica ficar nervosa ou assustada e então, era ovo que não acabava mais. Mesmo assim, os outros bichinhos gostavam muito de Frederica. Ela sempre tentava ajudar e era muito simpática com todos. Quando a noite chegava, todos os bichinhos  vinham para perto da galinha ouvir as estórias do galinheiro e de outros animais.

Mas, apesar de tudo estar indo muito bem, Frederica não conseguia esquecer seus amigos do galinheiro. Ela sentia muitas saudades, especialmente da Cocota, sua melhor amiga e confidente. Ela desejava que eles pudessem vir morar ali com ela  e seus novos amigos. Mas, Frederica sabia que Cocota, Peninha e o galo Napoleão tinham muito medo de trocar o galinheiro por qualquer outro lugar. 

Frederica estava pensando em mandar uma carta para Cocota. Queria contar para a amiga como era lindo o quintal da Dona Clotilda, e que ela fizera bons novos amigos.  Resolveu então perguntar ao pardal Chico, se ele conhecia um pombo correio. Assim ela teria como enviar a carta para Cocota. 

Frederica estava distraída, pensando no que iria escrever na tal carta, quando uma enorme lagarta verde caiu do galho da goiabeira bem em cima dela.

Frederica levou um enorme susto. Começou a tremer e sua penas se arrepiaram todas. Foi o bastante para a galinha de novo botar um montão de ovos, bem ali, ao lado do banco da Dona Clotilda. Quando os outros bichinhos perceberam a situação, tentaram esconder os ovos, mas não houve tempo: BLÉM, BLÉM, BLÉM, era o sino da Igreja tocando.E então Dona Clotilda chegou ao quintal.

Dona Clotilda teve uma grande surpresa, pois avistou vários ovos no chão. Sem acreditar  no que estava vendo, ela ficou desconfiada, mas olhando ao redor,  não viu nada além dos ovos esparramados pelo chão.

Então, com cautela, apanhou um ovo e o quebrou. Percebeu que era um ovo de galinha. Dona Clotilda ficou preocupada, mas recolheu alguns ovos e naquela noite fez para jantar uma omelete. A omelete estava deliciosa. Era uma antiga receita da família da Dona Clotilda. Mas enquanto ela saboreava a omelete, ficou imaginando como estes ovos apareceram em seu quintal. Pensou, pensou e então se perguntou:

- Será que tem uma galinha no meu quintal?

Enquanto isso, totalmente desconsolada e sentindo-se muito culpada, Frederica já havia arrumado sua bolsa de viagem. Ela achou que a única coisa que poderia fazer, depois do desastre dos ovos, seria ir embora daquele lindo quintal.Mas, quando Alfredo viu Frederica indo embora, pulou em sua frente e falou:

- Nem pense em nos deixar Frederica! Se a Dona Clotilda quiser expulsar você, vai ter que expulsar a todos nós, certo?

- Sim, responderam todos os outros bichinhos.

Assustada com a situação, mas também emocionada com tanto carinho, Frederica olhou para os ovos esparramados pelo chão e começou a chorar.

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Receita da Omelete da Dona Clotilda:

- 4 ovos brancos ( não precisa ser da Frederica, pode ser comprado no supermercado).

- cheiro verde picado,

- 1 cebola pequena picada,

- 1 tomate pequeno picado, 

- 1 fatia de queijo branco picada,

- sal a gosto.

- Bata os ovos, acrescente a cebola, o tomate e o cheiro verde picados e o sal. Misture tudo delicadamente e então acrescente o queijo picado.  

Peça para um adulto fritar a omelete. Dê preferência a uma frigideira que dispense o uso de óleo.

Bom Apetite!

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E agora? Qual será o destino de nossa pequena heroína? Será que Dona Clotilda vai descobrir que muitos animais vivem no seu quintal? E se ela descobrir, o que irá acontecer com nossos amiguinhos?

Para saber, não perca na próxima semana mais um emocionante capítulo das Aventuras da Frederica. Até lá e não se esqueça: Leia sempre, Leia+.

4. O Segredo de Frederica

Frederica estava sentindo muito medo de ser descoberta por Dona Clotilda. Isto estava deixando a pequena galinha muito nervosa. Ela estava com as penas arrepiadas e tremia muito. Isto foi o suficiente para desencadear uma tragédia. Frederica não teve como evitar, simplesmente aconteceu. E então, ela começou a botar ovos. Um após o outro o outro sem parar. 

Alfredo arregalou os olhos e ficou admirado. Ratito começou a sonhar com omeletes, e os outros bichinhos mal podiam acreditar no que estavam vendo. Por fim, Frederica estava sentada num grande monte de ovos.

Todos os animais ficaram muito assustados e curiosos com a situação da galinha. Nunca, mas nunquinha mesmo, nenhum dos bichinhos ali presente havia assistido tal cena. Então, tentando não pisar em nenhum ovo, Alfredo se aproximou de Frederica e perguntou:

- O que está acontecendo frederica? Nunca vi uma coisa desta antes.

- Desculpe-me Alfredo, mas quando eu fico nervosa isto sempre acontece, respondeu Frederica.

- Eu simplesmente começo a botar ovos até não poder mais. E é tão embaraçoso que eu mantenho em segredo. Somente meus melhores amigos sabem desta situação. Já sofri muita brincadeira de mau gosto por causa disto. 

- Não se preocupe Frederica! O importante aqui é não fazer barulho na hora em que Dona Clotilda estiver no quintal. De resto, o fato de você ter botado todos estes ovos, só irá facilitar o nosso jantar. Agora porém, o mais importante é fazer silêncio. Dona Clotilda está chegando. Fiquem todos bem quietinhos. Depois conversaremos, falou o cachorro Alfredo. E assim, todos os bichinhos, mesmo estando muito curiosos e e intrigados com os ovos de Frederica, ficaram em absoluto silêncio.

Quando Dona Clotilda chegou ao quintal foi olhar de perto as flores. Arrancou um pé de erva daninha, recolheu algumas folhas secas caídas  no gramado e finalmente sentou-se no banco debaixo da pé de goiaba. Então, abriu um livro e bem relaxada começou a ler. Os animais estavam bem escondidos e em completo silêncio. Enquanto esperavam Dona Clotilda voltar para casa, eles adormeceram. Frederica porém, ficou alerta observando seus novos vizinhos e pensando que talvez eles não concordassem com o fato de ela ficar morando com eles. Ainda mais agora que sabiam do seu segredo. 

Preocupada em criar alguma situação que colocasse a estadia deles em perigo, ela se perguntava se talvez não fosse melhor voltar para o antigo galinheiro. Pelo menos lá ela conhecia todos e tinha seu lugar garantido no poleiro, além do que, seu dono sempre trazia ração pela manhã e a noite.

Por outro lado, ela não gostava do galinheiro, e sempre havia o perigo do almoço de domingo. Ir parar na panela não era uma boa opção. Talvez fosse melhor procurar de novo outro lugar para morar. Quem sabe ela não encontraria outro lugar tão bonito como este porém, mais seguro?

Pensando nestas possibilidades Frederica não notou que Alfredo estava acordado e a observava. E ele percebeu toda a preocupação da pequena galinha.

- Não fique tão preocupada Frederica. Dona Clotilda não tem como nos descobrir, falou Alfredo bem baixinho.

- Mas agora, será que os outros bichinhos vão continuar gostando de mim?

- Claro que sim! O rato parece ser durão, e o pardal fala demais, mas no fundo eles são ótimos amigos. E a borboleta e a Sra. Formiga são sábias e sensatas. Elas jamais iriam permitir que qualquer outro bichinho caçoasse de você.

- Mas que coisa heim Alfredo! Logo agora que encontrei este lindo quintal para morar, acabei parando no quintal de uma inimiga de animais. Que vida injusta, lamentou a pobre galinha.

Enquanto os dois conversavam, Dona Clotilda terminou sua leitura e entrou em casa. Imediatamente os animais saíram de seus esconderijos e começaram a falar, todos ao mesmo tempo. Curiosos, faziam muitas perguntas para Frederica. Ela tentou responder a todos.

- É uma doença? Perguntou delicadamente a borboleta Bela.

- Não sei, respondeu Frederica. Mas acho que não é doença não.

- É sempre assim quando você vai colocar um ovo? Perguntou o pardal Chico, muito interessado nos ovos.

Frederica respondeu ao Chico que isso só acontecia quando ela ficava nervosa. Afirmou para Ratito que os ovos eram de excelente qualidade e ficavam deliciosos em omeletes. Assegurou a Bela que não doía nada. Ela só botava um montão de ovos quando estava nervosa e então, quando terminava de botar os ovos, ficava calminha novamente.

Apesar da compreensão de todos os bichinhos, Frederica disse estar preocupada com a segurança de todos. Mas eles garantiram que era só ficar quietinha na hora do descanso da Dona Clotilda.

Se ela ficasse em silêncio, nada de mal iria acontecer. 

Assim, depois de alguns dias, Frederica já havia entrado na rotina dos outros bichinhos. Vez por outra ela levava um susto, ou simplesmente ficava nervosa e lá vinha aquele montão de ovos. E então, os bichinhos aproveitavam os ovos e faziam deliciosas refeições.
Tudo estava correndo bem. Finalmente Frederica começava a sentir-se feliz e segura. Então, toda a situação mudou.

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Esta é a quarta postagem das Aventuras da Frederica. Quero agradecer a todos que estão acompanhando fielmente as aventuras de nossa pequena heroína. Muito obrigada. Agradeço também aos internautas dos EUA, Thank you very much! E não posso esquecer dos poloneses. Save the polish apples!

Recebi algumas mensagens de e-mail perguntando sobre o cenário. Sim, além de escrever a história, eu faço os origamis, monto os cenários, fotografo e edito. Faço isto porque não sei desenhar, então tive de buscar uma forma de criar os cenários eu mesma.

Qualquer outra dúvida, perguntem! Muito obrigada a todos.

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E agora, será que a Frederica está segura no quintal da Dona Clotilda? E se Dona Clotilda descobrir os bichinhos, o que será que vai acontecer?

Não perca na próxima semana mais um emocionante capítulo das Aventuras da Galinha Frederica.

Até lá e não se esqueça: Leia+